BREVE ESTUDO CRÍTICO SOBRE AS CHAMADAS “CONSTELAÇÕES FAMILIARES” (RAZÕES PELAS QUAIS UM CATÓLICO NÃO PODE REALIZAR ESTE TIPO DE PSEUDOTERAPIA)

05/03/2025 às 11:50h

As Constelações Familiares, desenvolvidas por Bert Hellinger, são uma abordagem terapêutica que busca resolver conflitos familiares e emocionais através da representação de dinâmicas familiares em um espaço grupal. Embora essa prática tenha ganhado popularidade, ela apresenta várias questões criticas críticas quando analisada à luz da doutrina cristã, levando à conclusão da impossibilidade de um fiel católico em utilizar-se deste tipo de fictícia terapia.

1. Visão da Família e da Comunhão

A doutrina cristã, conforme exposta no Catecismo da Igreja Católica, enfatiza a família como uma “comunhão de pessoas” e uma “imagem da comunhão do Pai e do Filho no Espírito Santo”.

As Constelações Familiares, por outro lado, devem ser vistas como uma abordagem que, de princípio, desconsidera a sacralidade e a dignidade da família conforme entendida na tradição cristã. A família cristã é chamada a refletir o amor divino e a participar da missão evangelizadora da Igreja, o que pode ser negado ou minimizado em práticas que não reconhecem essa dimensão espiritual.

2. Relação com a Espiritualidade e a Oração

A prática das Constelações Familiares envolve elementos que não estão alinhados com a espiritualidade cristã, como a invocação de “ordens do amor” ou a busca de soluções em dinâmicas que não reconhecem a centralidade de Deus na vida familiar. A Igreja ensina que a oração e a leitura da Palavra de Deus são fundamentais para fortalecer a família na caridade e na fé, além de oferecer indicações práticas para a solução de problemas e dificuldades. A dependência de métodos terapêuticos que não incorporam a oração e a busca pela vontade de Deus pode levar a uma visão distorcida da resolução de conflitos, prejudicando e até impedindo a confiança na ação da Graça de Deus.

3. Conceito de Culpabilidade e Perdão

As Constelações Familiares abordam a questão da culpa e do perdão de maneira que é incompatível com a visão cristã do pecado e da redenção. A doutrina cristã ensina que o perdão é um ato da Graça de Deus, que deve ser buscado em Cristo, enquanto as Constelações sugerem que a resolução de conflitos familiares é alcançada através de dinâmicas de grupo que não envolvem a reconciliação com Deus. Isso certamente leva a uma compreensão superficial do perdão, que é central na mensagem cristã.

4. Influência de Práticas Não Cristãs

As Constelações Familiares incorporam elementos de tradições não cristãs, como a psicologia transpessoal e práticas esotéricas, que não têm fundamento na revelação cristã, até mesmo a contradiz. A Igreja Católica adverte contra a adoção de práticas que não estejam em conformidade com a fé cristã, pois acabam desviando os fiéis da verdadeira fonte de cura e reconciliação, que é Jesus Cristo.

Conclusão

Em suma, as Constelações Familiares apresentam uma série de aspectos que contradizem a essência da doutrina cristã, especialmente no que diz respeito à compreensão da família, da espiritualidade, do perdão, através da influência de práticas não cristãs. A Igreja Católica enfatiza a importância de uma abordagem que reconheça a centralidade de Deus e a necessidade de oração e sacramentos na vida familiar, aspectos que não só são negligenciados em abordagens terapêuticas que não se fundamentam na fé cristã, mas até mesmo negados.

Fonte: Dom Antonio Carlos Rossi keller