Sobre a Diocese
A DIOCESE DE FREDERICO WESTPHALEN

O presente esboço histórico visa focalizar a instituição e a ação da Igreja no atual território da Diocese de Frederico Westphalen. Proclamada a independência do Brasil em 1822 e confirmado o direito de Padroado pelo Papa Leão XII em 1826, tem início a história civil e religiosa da região do médio Alto Uruguai, então escassamente povoada, além do número sempre ignorado de índios, embrenhados nas selvas do vale do Rio Uruguai, Guarita, Inhancorá, Várzea e Passo Fundo. Aos poucos alguns estancieiros introduziram-se na zona de campo e apossando-se de vastas áreas de terra, incluindo alguns trechos de florestas.

A vasta e fértil faixa do sertão do Alto Uruguai, muito apta para a agricultura, no final do século XIX, atraiu corrente migratória, especialmente de descendência italiana e alemã, que se aventurou a colonizá-la e fazê-la prosperar. Também colonos de origem polonesa e luso-brasileiros demandaram a futura região. A imensa maioria era católica. Somente entre os colonos de descendência germânica havia um bom número de luteranos. A contribuição para o melhoramento da Igreja foi decisiva. Como a maioria dos colonos eram de origem europeia e católicos, rapidamente começaram a surgir tosca capelinhas, pequenos oratórios dedicados aos santos mais populares, em torno dos quais reuniram-se os fiéis, aos domingos e festas, para rezarem o terço, cantarem as ladainhas e os louvores de Deus, de Nossa Senhora e dos Santos.

Neste período da primeira colonização haviam apenas duas vastas paróquias. A Paróquia Santo Antônio de Palmeira das Missões, criada em 14 de janeiro de 1857, tendo como primeiro pároco Pe. Domingos José Lopes, de nacionalidade portuguesa.

A segunda Paróquia existente é a Paróquia Nossa Senhora da Luz de Nonoai. As origens da Paróquia de Nonoai remontam a primeira metade do século 19. Era uma região povoada pelos índios caingangues governados pelo cacique Nonohay. Para instruir e catequizar os índios e servir de pouso para os tropeiros foi criada a Colônia de Nonoai. Em 3 de abril de 1875 a Assembleia Provincial, em Porto Alegre, criou a freguesia de Nossa Senhora da Luz de Nonoai. Em 23 de maio de 1876 Dom Sebastião Laranjeira, Bispo de Porto Alegre, erigiu canonicamente a paróquia, mas sem pároco. O atendimento era feito por Passo Fundo. O primeiro pároco só foi nomeado em 1889 na pessoa de padre João Peres Castanho.

Em Nonoai não podemos deixar de destacar a nomeação e posse, feita por Dom Miguel de Lima Valverde, Bispo de Santa Maria, do pároco Pe. Manuel Gomez Gonzalez, de nacionalidade espanhola, em 15 de dezembro de 1915. Em 1923 foi nomeado também administrador da vasta paróquia de Palmeira das Missões, que ficara sem padre. Período de muitos conflitos e horrores no sertão do Alto-Uruguai motivada ainda pela revolução federalista entre chimangos e maragatos iniciada em 1893. Apesar de ter sido encerada a revolução, aqui no sertão ainda reinava um clima de horror, saques, roubos, banditismo, imperando o anticlericalismo e a aversão à Igreja. Neste clima o Pe. Manuel Gomez Gonzalez juntamente com seu fiel coroinha, o jovem Adílio Daronch, no cumprimento da fiel missão, foram brutalmente martirizados, a 21 de maio de 1924, em Feijão Miúdo, Três Passos. Em 21 de outubro de 2007 foram declarados beatos e hoje são os patronos da Diocese de Frederico Westphalen.

Assim, com a chegada dos imigrantes europeus iniciou-se um novo período para a Igreja em todo o território do médio Alto-Uruguai. Por meio do ministério dos primeiros sacerdotes, depois de ter exigido dos mesmos muitos suores, lágrimas e sangue, a irradiação da igreja efetivou-se viva e as primeiras paróquias começaram a serem criadas para melhor atender o povo. Aqui cabe destacar a criação da Paróquia Santo Antônio de Frederico Westphalen em 13 de março de 1932, tendo como primeiro pároco, um grande visionário, Mons. Vitor Battistella.

No seu livro “Painéis do Passado” (pg.141), Mons. Vitor Battistella, na necessidade de construir uma nova igreja deixou registrado: “Com efeito, era meu ponto de vista, firmemente sustentado, até mesmo no púlpito, que deveríamos pensar na nova Matriz com os olhos voltados para distantes horizontes, pois, não era necessário ser profeta para perceber, observando qualquer mapa, que nossa região comportaria, num futuro próximo, talvez em menos de vinte anos, a criação de nova Diocese, a qual, por evidentes razões de ordem geográfica, religiosa e socioeconômica, iria ter Frederico Westphalen como sede. Assim sendo, era necessário a construção de um templo digno de se transformar em Catedral. Isso ficou dito por volta de 1940. Deu-se o início dos trabalhos de limpeza e desobstrução do solo, com a derrubada do primeiro coqueiro, ao espocar de foguetes, na manhã do dia 18 de maio de 1950. A previsão realizou-se. Em 1960, vinte anos depois, inauguramos a nova Matriz, que, em 1962, se transformou em Catedral”.

Em 21 de maio de 1961, Sua Santidade o Papa São João XXIII, pela Bula “Haud parva”, criava a Diocese de Frederico Westphalen, com sede Catedral na Igreja Matriz de Santo Antônio da mesma cidade, desmembrando-a, na sua maior parte, da diocese de Santa Maria compreendendo Vinte paróquias: Palmeira das Missões, Frederico Westphalen, Irai, Seberi, Três Passos, Criciumal, Santo Augusto, Tenente Portela, Rodeio Bonito, Braga, Tiradentes do Sul, Humaitá, São Martinho, Caiçara, Planalto, Alpestre, Palmitinho, Taquaruçu do Sul, Jaboticaba e Campo Novo e parte da Diocese de Passo Fundo compreendendo três paróquias: Nonoai, Constantina e Liberato Salzano. Sua extensão é de 11.457 Km². Assim, criada a nova Diocese teve a sua solene instalação e posse do primeiro Bispo a 24 de junho de 1962.

Atualmente a Diocese de Frederico Westphalen conta com uma população, segundo levantamentos do censo do IBGE de 2022, de 364.835 habitantes, distribuídos em 56 municípios. Destes municípios, 40 são sede paroquiais: Paróquia São Francisco de Assis – ALPESTRE, Paróquia São Gabriel – AMETISTA DO SUL, Paróquia Santa Catarina – BRAGA, Paróquia Nossa Senhora de Lourdes – CAIÇARA, Paróquia São Sebastião – CAMPO NOVO, Paróquia São Sebastião – LIBERATO SALZANO, Paróquia Nossa Senhora das Graças – CERRO GRANDE, Paróquia Nossa Senhora das Graças – PLANALTO, Paróquia Nossa Senhora das Graças – TIRADENTES DO SUL, Paróquia São José – CONSTANTINA, Paróquia São José – SEDE NOVA, Paróquia São José – SÃO JOSÉ DAS MISSÕES, Paróquia Santo Antônio – CORONEL BICACO, Paróquia Santo Antônio – Catedral – FREDERICO WESTPHALEN, Paróquia Santo Antônio – PALMEIRA DAS MISSÕES, Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima – DERRUBADAS, Paróquia Santa Terezinha – ERVAL SECO, Paróquia Santa Terezinha – PALMITINHO, Paróquia Santa Cecília – HUMAITÁ, Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora – IRAI, Paróquia Bom Jesus – MIRAGUAI / RS, Paróquia Nossa Senhora da Luz – NONOAI, Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição – PINHAL, Paróquia Cristo Rei – PINHEIRINHO DO VALE, Paróquia Cristo Redentor – REDENTORA, Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes – RODEIO BONITO, Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes – VICENTE DUTRA, Paróquia São João Batista – SANTO AUGUSTO, Paróquia São João Batista – NOVO BARREIRO, Paróquia São Martinho Bispo – SÃO MARTINHO, Paróquia Nossa Senhora da Paz – SEBERI, Paróquia São Roque – TAQUARUÇU DO SUL, Paróquia Nossa Senhora Aparecida – TENENTE PORTELA, Paróquia Nossa Senhora Aparecida – TRINDADE DO SUL, Paróquia Imaculado Coração de Maria – TRÊS PALMEIRAS, Paróquia Santa Inês – TRÊS PASSOS, Paróquia Sagrado Coração de Jesus – VISTA ALEGRE, Paróquia Três Santos Mártires das Missões – CRISSIUMAL, Paróquia Nossa Senhora da Purificação – NOVA CANDELÁRIA, Paróquia Nossa Senhora Medianeira – JABOTICABA.

Também fazem parte desta circunscrição eclesiástica a quase paróquia Santa Terezinha, criada em 17 de maio de 2024, com sede em Pe. Gonzales, desmembrada da Paróquia Santa Inês de Três Passos e abrangendo todo o território do município de Esperança do Sul; o Santuário Diocesano Beatos Manuel e Adílio, em Nonoai; o Santuário Diocesano da Divina Misericórdia e o Santuário Diocesano de Schoenstatt Tabor Porta do Céu, em Frederico Westphalen. A Reitoria Nossa Senhora de Lourdes, no Distrito de Osvaldo Cruz, município de Frederico Westphalen, onde acontece todos os anos, no mês de fevereiro a Romaria Diocesana do Enfermo.

No início da criação da Diocese havia a presença marcante das Congregações Religiosas masculinas: Sociedade do Apostolado Católico – padres Palotinos; Congregação dos Missionários do Verbo Divino – Verbitas; Congregação dos Missionários de São Carlos – Scalabrinianos; padres da Companhia de Jesus – Jesuítas; padres da Pia Sociedade São Caetano. Hoje permanecem atuando na Diocese: a Ordem dos Frades Menores – Franciscanos, presente na Paróquia de Três Passos onde mantem o Seminário Menor São Pascoal; Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus – Dehonianos, presente nas paróquias de Nova Candelária e Crissiumal onde também mantem o Seminário Menor São Miguel; padres Oblatos de São Francisco de Sales, presentes nas paróquias de Palmeira das Missões, Novo Barreiro e Jaboticaba onde mantem também o Seminário do Noviciado Padre Brisson.

Era marcante também a presença das congregações religiosas femininas: Irmãs do Imaculado Coração de Maria; Irmãs de Nossa Senhora – Notre Dame; Irmãzinhas da Imaculada Conceição; Servas do Espírito Santo; Filhas do Amor Divino; Filhas do Sagrado Coração de Jesus; Irmãs Franciscanas de Bolanden; Irmãs de Nossa Senhora do Calvário; Irmãs Franciscanas da Sagrada Família; Irmãs de Caridade das Santas Bartolomea Capitanio e Vincenza Gerosa (Irmãs de Nossa Senhora Menina); Irmãs de Jesus Maria e José; Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt.

Hoje estão presente na Diocese a Comunidade Católica Morada do Senhor, tanto do ramo masculino como feminino, residindo junto ao Santuário Diocesano da Divina Misericórdia, em Frederico Westphalen; a Fraternidade de São Paulo Apóstolo , tanto do ramo masculino como feminino, residindo na paróquia Nossa Senhora da Paz em Seberi; Comunidade Católica Legati Christi, presente na paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Vista Alegre e junto o Centro de Pastoral Bom Pastor em Frederico Westphalen.

FONTES:
1. PAINEIS DO PASSADO – Mons. Vitor Battistella – 1969
2. A DIOCESE DE FREDERICO WESTPHALEN – Mons. Arlindo Rubert – 1972
3. Arquivo da CÚRIA DIOCESANA

Instalação e posse do primeiro Bispo

A 26 de ma de 1962, o Papa João XXIII nomeava o primeiro Bispo para a Diocese de Frederico Westphalen, na pessoa do Mons. João Hoffmann, até então Vigário Geral da Diocese de Passo Fundo. Sua Ordenação Episcopal foi pelas mãos de Dom Armando Lombardi, Núncio Apostólico no Brasil, na Catedral de Passo Fundo, a 10 de junho de 1962.

A instalação da Diocese e a posse solene e festiva do primeiro Bispo foram marcadas para o dia 24 de junho de 1962. Na presença de grande multidão de fiéis, de numeroso clero, e a presença do Arcebispo de Porto Alegre Dom Vicente Scherer, e dos bispos Dom Luiz Vitor Sartori (Santa Maria), Dom Cláudio Colling (Passo Fundo), Dom José Gomes (Bagé) e de Dom Aloísio Lorscheider (Santo Ângelo), do Cel. Aldo Cortes Campomar (Representante do Governador do Estado) e outras autoridades, o novo Bispo celebrava o solene Pontifical, durante o qual Dom Vicente Scherer, representando o Núncio Apostólico, dava posse ao novo Bispo, Dom João Hoffmann.

Após organizar o governo diocesano, erigir o Seminário Diocesano, criar novas paróquias, dar impulso à pastoral diocesana entre muitos outros serviços, em 02 de junho de 1971, Dom João Hoffmann foi nomeado primeiro Bispo da nova Diocese de Erexim.

O segundo Bispo de Frederico Westphalen

Dom Bruno Maldaner, titular de Águas da Mauritânia e Auxiliar de São Paulo, por Bula de Sua Santidade, Papa Paulo VI, datada de 27 de maio de 1971, era nomeado o segundo Bispo de Frederico Westphalen.

Em 31 de julho seguinte, após grande caravana desde Seberi e achando-se presente D. Cláudio Colling (Porto Alegre), Dom Augusto Petró (Uruguaiana), Dom João Hoffmann, Dom Érico Ferrari (Santa Maria), Dom José Thurler (auxiliar de São Paulo), Mons. Frederico Didonet (Bispo eleito de Rio Grande), o Deputado Otávio Germano (Representante do Sr. Governador do Estado) e outras autoridades eclesiásticas e civis, além de grande número de clero e de fiéis leigos, tomou posse da Sé Episcopal de Frederico Westphalen.

Foram mais de 30 anos de episcopado em nossa Diocese. Ter a pretensão de escrever todas as realizações deste notável Pastor seria tarefa por demais árdua e muito deixaria de constar. Contanto, lembramos algumas coisas: o empenho pelas vocações sacerdotais, pelos seminários (ele dizia que o Seminário Diocesano era o “Coração da Diocese”) e o carinho por seus padres; a reestruturação das Áreas Pastorais e revitalização da Pastoral; vários Planos Diocesanos de Pastoral; destaque para a formação de lideranças; o empenho junto à catequese; a construção do Centro de Formação e Treinamento Pastoral anexo ao Seminário Diocesano, a atual Cúria Diocesana; a residência dos nossos estudantes de Teologia em Passo Fundo; o apoio e o seu trabalho nas emissoras AM e FM da Rádio Luz e Alegria sendo a emissora FM criada durante seu episcopado; preocupação com o apostolado leigo (trouxe movimentos como o Cursilho de Cristandade, Vicentinos, Movimento Apostólico de Schoenstatt, ECC, EMAÚS, CLJ, Serra Clube...), entre muitas outras coisas. Mesmo após tornar-se Bispo Emérito, Dom Bruno continuou como o serviço junto à comunidade, entre o que destacamos: ele assumiu a Provedoria do Hospital Divina Providência, de Frederico Westphalen.

A 12 de dezembro de 2001, o Santo Padre, Papa João Paulo II aceitou sua renúncia, nomeando-o Administrador Apostólico até a posse do novo Bispo. Dom Bruno contava então com 76 anos, ficando posteriormente como Bispo Emérito de Frederico Westphalen. Residiu em Frederico Westphalen até sua morte, em 16 de novembro de 2008.

O terceiro Bispo de Frederico Westphalen

Em 12 de dezembro de 2001, quando aceitava a renúncia de Dom Bruno, o Santo Padre o Papa João Paulo II nomeava o Pe. Zeno Hastenteufel, do clero da Arquidiocese de Porto Alegre, o terceiro Bispo de Frederico Westphalen. Ele foi ordenado na Catedral Metropolitana a 08 de março de 2002 e a 17 de março do mesmo ano tomou posse na Catedral de Frederico Westphalen. Estavam presente os membros do clero diocesano e regular, grande número de povo, autoridades civis e os seguintes Bispos: Dom Dadeus Grings (Porto Alegre), Dom Pedro Ercílio Simon (Passo Fundo), Dom Urbano Allgayer (Emérito de Passo Fundo), Dom Osvino José Both (Novo Hamburgo), Dom Ângelo Domingos Salvador (Uruguaiana), Dom Sinésio Bohn (Santa Cruz do Sul) e Dom Bruno Maldaner.

Dom Zeno ficou apenas cinco anos na Diocese. Entretanto, teve atuação decisiva na organização contábil da Diocese, na aquisição de todas as cotas e na reestruturação da Rádio Luz e Alegria AM e FM criando a Fundação Monsenhor Vitor Battistella dentre outras questões de ordem financeira e patrimonial. Não se pode esquecer seu trabalho pastoral, de modo particular junto aos movimentos jovens, e sua presença junto à sociedade. Destacamos o grande empenho na divulgação da causa dos Mártires Padre Manuel Gómez González e do Coroinha Adílio Daronch e, nos primeiros passos para a organização da Beatificação.

Em 28 de março de 2007 chega à notícia de sua transferência para a Diocese de Novo Hamburgo, até então vacante. Permaneceria como Administrador Diocesano da Diocese de Frederico Westphalen até sua posse, em 29 de abril do mesmo ano, em sua nova Diocese.

O período de Sé Episcopal Vacante – Administrador Diocesano

Em 30 de abril de 2007, o Colégio de Consultores, reunidos na Cúria Diocesana, elegeu o Pe. Luiz Dalla Costa como Administrador Diocesano (eleição confirmada pela Congregação para os Bispos a 02 de junho de 2007).

O grande marco deste período foi a Beatificação dos Mártires Pe. Manuel Gómez González e do Coroinha Adílio Daronch, em 21 de outubro do mesmo ano, no Parque de Exposições Mons. Vitor Battistela. A Santa Missa foi presidida pelo Eminentíssimo Cardeal Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, José Saraiva Martins, legado pontifício para a ocasião, concelebrada por Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico no Brasil e Dom Dadeus Grings, Arcebispo de Porto Alegre. Destacamos a presença de Dom Dimas Lara Barbosa Secretário Geral da CNBB, Frei Paolo Lombardo, Postulador da Causa, Administrador Diocesano Pe. Luiz Dalla Costa além da presença numerosa de Bispos, padres, religiosas, autoridades civis e militares e de um público superior a 40 mil fiéis. De fato, o serviço do Pe. Luiz Dalla Costa na Administração Diocesana foi muito significativo para este acontecimento. No mais, ele conduziu com dignidade e responsabilidade a Diocese até a chegada de seu novo Pastor.

O quarto Bispo de Frederico Westphalen

A 11 de junho de 2008, o Santo Padre, Papa Bento XVI, nomeou o Pe. Antonio Carlos Rossi Keller, da Arquidiocese de São Paulo, o 4º Bispo da Diocese de Frederico Westphalen. Sua Ordenação Episcopal foi a 02 de agosto do mesmo ano, pelas mãos do Eminentíssimo Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, Dom Dadeus Grings, Arcebispo de Porto Alegre e Dom Joaquim Justino Carreira, Titular de Cabarsussi e Auxiliar de São Paulo, na Catedral Nossa Senhora da Assunção em São Paulo. Sua posse aconteceu no dia 31 seguinte na Catedral de Frederico Westphalen, ante milhares de fiéis, estando também presentes os padres da Diocese, diocesanos e regulares, autoridades civis e os Bispos: Dom Dadeus Grings (Porto Alegre), Dom Urbano Allgayer (Emérito de Passo Fundo), Dom Pedro Ercílio Simon (Passo Fundo), Dom Zeno Hastenteufel (Novo Hamburgo), Dom Sinésio Bohn (Santa Cruz do Sul), Dom Joaquim Justino Carreira (Auxiliar de São Paulo), Dom Altamiro Rossatto (Emérito de Porto Alegre), Dom Aloísio Roque Oppermann (Uberaba/MG), Dom José Mario Stroher (Rio Grande), Dom Bruno Maldaner (Emérito de Frederico Westphalen), Dom José Clemente Weber (Santo Ângelo), Dom Aloísio Dilli (Uruguaiana), Dom Manuel João Francisco (Chapecó/SC) e Dom Girônimo Zanandréa (Erexim).

Dom Antonio Carlos chegou a nossa Diocese demonstrando um carinho todo especial pelos padres e seminaristas e com uma grande disposição para o trabalho pastoral. Já são perceptíveis os frutos de seu trabalho desde então.

Em pouco tempo na Diocese, Dom Antonio Carlos demonstrou-se incansável. Assumiu a reforma do Seminário Menor e do Propedêutico, já projetando a reforma do Centro de Pastoral. Incentiva, com muito entusiasmo as vocações, especialmente sacerdotais, e criou novamente a Obra das Vocações Sacerdotais da Diocese, mobilizando todas as paróquias. Visita com frequencia os seminários da Diocese, estando sempre muito próximo aos seminaristas. Notabiliza-se pelo modo como procura se relacionar com seus padres, estando ao seu lado. Preocupou-se, com particular atenção, à liturgia, especialmente as Celebrações Eucarísticas, sempre de acordo com o que pede a Igreja; e isto tem provocado uma reorganização tal que muitos padres tem dado atenção também a esta questão. Criou o Cabido da Catedral, nomeando cônegos catedráticos e honorários. Acompanha de perto o processo de canonização dos mártires diocesanos. Convocou e presidiu o 1º Sínodo Diocesano e organizou as comemorações do Jubileu de Ouro da Diocese. Incentivou a elaboração de um folheto de Missa da Diocese. Reestruturou toda a questão pastoral da Diocese, organizando as comissões pastorais. Tem sido muito presente junto aos movimentos existentes na Diocese. Deu novo impulso às romarias diocesanas. Elaborou os estatutos do Conselho de Presbíteros e do Colégio de Consultores. Reorganizaou a chancelaria e estabeleceu a organização do arquivo dos seminaristas. É um dos bispos do Brasil mais presentes no meio virtual...

É muita pretensão querer resumir o que fez em tão pouco tempo. É um homem de Deus, preocupado com a Igreja que lhe foi confiada a ponto de dar a própria vida por ela.