OS CRAQUES DO MÊS DE AGOSTO

12/09/2023 às 11:37h

Deus colocou a todos nós no mundo para nos provar. Ele observará o nosso desempenho no campo da vida, e como árbitro supremo anotará a correria, as falhas, o esforço, os dribles e os gols anotados.  A Ele não interessa o resultado do jogo, mas somente o comportamento. São Paulo, no final da existência escreveu: “Combati o bom combate, suei a camisa, e que o Senhor  me dê a taça de campeão.”

E assim será para todo o gênero humano. Alguns irão parar no banco, serão substituídos, outros serão ovacionados por fazer gols, um que outro também será expulso e acabará no fogo do vestiário ardente. Mas haverá também um seleto grupo que será convocado para a Seleção. São os Santos. E mesmo entre estes, despontarão craques. Tentarei arrolar alguns, pois figuram no  mês de agosto:

SÃO JOÃO MARIA VIANNEY – 4 de agosto. Seu trabalho na paróquia de Ars foi tão estupendo que foi escolhido como padroeiro dos sacerdotes. Findos os estudos, o Bispo perguntou ao Reitor do Seminário se o candidato era competente. O Reitor respondeu que ele era meio ‘burrinho’ mas muito piedoso. “Então vou ordená-lo – respondeu o Bispo – só que não poderá ouvir confissões, já que ele não está preparado para orientar os fiéis”. Foi nomeado pároco de Ars, uma vila com 230 habitantes, cujo teto das casas era de palha. Ele não dispunha de dotes intelectuais, nem físicos, nem financeiros, mas sobravam os sobrenaturais. Resumindo: Gastou quase toda a vida, ouvindo confissões. E tão numeroso era o povo que para Ars afluía que o Governo teve de construir uma via férrea para atender os peregrinos.

SÃO DOMINGOS – 8 de agosto. Era de família nobre, corpo esguio, rosto bonito, belos olhos, cabelos avermelhados. Entrou para a Ordem Dominicana. Seu único tesouro eram os livros, que não hesitou em vendê-los, num ano de carestia, para dar comida aos famintos. Chegando em Languedoc, a cavalo, para pregar as missões, foi desprezado. Ironizavam que Cristo andava a pé, e ele vinha a cavalo. Para dar o exemplo, caminhou sempre de pés descalços, dormia no chão, jejuava e viveu de esmolas. Seus sermões eram dirigidos aos humildes, principalmente aos carroceiros.

SÃO LOURENÇO – 10 de agosto. Viveu nos primórdios da Igreja, e como diácono, distribuía tudo o que tinha aos pobres. O imperador ordenou que entregasse os bens. Então ele reuniu um grupo de indigentes e falou: “Eis aqui os nossos tesouros”. Irritado o imperador mandou colocá-lo sobre um braseiro ardente. Teve a coragem de fazer uma piada ao carrasco: “Pode me virar que deste lado já estou bem assado”.

SÃO RAIMUNDO NONATO – 31 de agosto. O nome era Raimundo, mas passou a ser chamado Nonato, porque no parto foi extraído do corpo da mãe morta. De família nobre, em Barcelona, vestiu o hábito dos mercedários, que se dedicavam à libertação dos cristãos escravizados pelos mouros. Ofereceu-se para ser trocado por um escravo que abandonaria a fé. Na Argélia muçulmana continuava pregando. Seus perseguidores perfuraram-lhe os lábios com ferro quente, fechando-os com um cadeado. Foi proclamado patrono das parturientes e parteiras.

         (Apud “Um Santo para cada dia” de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini).

Fonte: Lirio Zanchet