A família é o alicerce da Sociedade. Com famílias bem constituídas teremos um país próspero, desenvolvido, correto. Se todos cumprissem as leis, não seriam necessárias cadeias. Deixando de lado a Religião, citarei a sentença da maior inteligência que o Brasil já produziu, que não era nem santo, nem padre: RUI BARBOSA – “A família é anterior ao Estado”. Ela vem em primeiro lugar. Antes mesmo da Pátria.
Toda a família começa com o MATRIMÔNIO. Pelo matrimônio, unem-se um homem e uma mulher, que serão o futuro pai e a futura mãe, que gerarão os filhos. Se pretendemos um bom produto necessitamos de boa matéria prima. Boas famílias dependem de bom matrimônio. E agora a questão: A Igreja, a escola, e a sociedade estão preparando o Matrimônio?! A Sociedade? Mal fornece a matéria prima – o jovem e a jovem. A Escola? Muitas delas até já dispensaram Deus nos seus currículos. Há faculdades adjetivadas de “fábricas de ateus”. Sobrou a Igreja – que, bem ou mal, organiza os Cursos de Noivos, em alguns fins de semana. Ora, dizia o Bispo Dom Antônio Zattera: “Para se formar um padre, gastam-se 15 anos: para se formar um pai, alguns dias. E é mais difícil ser um bom pai, do que ser um bom padre”.
Pe. Leonir falou que numa paróquia próxima houve só um casamento no ano. Dom Antonio falou que em algumas paróquias da Itália, há anos não se realiza um casamento. Pergunta: com este tipo de farinha que tipo de massa é de se esperar? Aristóteles, um dos maiores cérebros, viveu uns 400 anos antes de Cristo, defendia o Matrimônio entre duas pessoas de sexo diferente e MONOGÂMICO. Nada de poligamia. Ou alguém imagina existir um filho com dois pais e com duas mães?!
A Igreja elevou o Matrimônio a um patamar tal que o constituiu SACRAMENTO. E Cristo simplesmente sentenciou: “Não separe o homem o que Deus uniu”. A Igreja fez do matrimônio um Sacramento; algumas sociedades fazem dele um “ajuntamento”. Sugiro que o Clero tenha como objetivo primordial da sua ação apostólica a preparação para o Matrimônio. Através de cursos, palestras, reuniões, e Movimentos levar os namorados a enfrentar a aventura matrimonial, cientes da tremenda responsabilidade que os aguarda, não apenas espiritual, mas mesmo profissional, financeira, temperamental, genética, de ensino e de hábitos. Existe um país na Europa que o padre coloca sobre as mãos dos nubentes uma pequena cruz. Muitos jovens se jogam no casamento pensamento unicamente na realização sexual, como se pênis e vagina fossem suficientes. O juramento proferido “ser fiel na dor e na alegria, na tristeza e na felicidade, por todos os dias da nossa vida” é consciente? Os futuros nubentes devem curtir o namoro e o noivado como um autêntico Curso preparatório, assim como um médico, um dentista, um advogado, um professor, gasta os fundilhos nos bancos da universidade preparando-se para a futura profissão. Que os Pastores se conscientizem que a Religião ainda é a taboa de salvação do povo. Por isto “o homem deixará sua família para se unir à mulher” (Gn 2, 18). Não pode esquecer que toda a pessoa sofre a experiência do mal. São Paulo escreveu: “Não faço o Bem que quero e sim o Mal que não quero”. Cat nº 1608: “Não obstante, a ordem da criação subsiste, apesar de gravemente perturbada”. O amor conjugal, por sua própria natureza, exige fidelidade inviolável. (Cat nº 1646).