Na Solenidade de Pentecostes, celebrada no domingo 8 de junho de 2025, em todo o Rio Grande do Sul é realizada a Coleta de Pentecostes. Todo o valor arrecadado nas paróquias e comunidades da Diocese, e de todo o Estado, será destinado para as obras missionárias realizadas na Arquidiocese de Nampula, em Moçambique.
Há mais de 30 anos, a Igreja do Rio Grande do Sul é sinal de presença fraterna e solidária com povo moçambicano na Arquidiocese de Nampula, em 1989, por oportunidade da vinda de Dom Francisco Silota, bispo auxiliar da Arquidiocese da Beira, Moçambique, ao Rio Grande do Sul. Ao participar de um encontro com demais bispos, onde relatou as necessidades e desafios vivenciados na África, sensibilizou seus colegas bispos do Rio Grande do sul, que assumiram o compromisso de um gesto fraterno a favor dos irmãos de Moçambique dando sua própria pobreza.
Foi assim que, em janeiro de 1993 o bispo encarregado do Setor das Missões do Regional Sul 3 da CNBB, Dom Laurindo Guizzardi, junto à irmã Amalia Vivian, realizaram uma viagem para observar a realidade, o tipo de trabalho solicitado e os possíveis locais de atuação dos futuros missionários gaúchos. Após um tempo de conversa com as congregações, dioceses e preparação dos missionários, em julho de 1994 foi enviado a primeira Equipe Missionária: um Padre dos Servos da Caridade, duas religiosas das Irmãs Bernardinas e uma religiosa das irmãs missionárias de Santa Terezinha.
Desde sua origem, o projeto abraçou os propósitos de responder ao chamado da Igreja, e sobretudo do Papa Paulo VI, de ser uma igreja além-fronteiras (ad gentes), cumprindo a missão de realizar através da escuta da palavra de Deus, do amor pelas coisas sagradas e da pregação da palavra, um amplo e árduo trabalho evangelizador. Além disso, outros objetivos sempre foram cultivados, como por exemplo, o de cuidar da saúde das pessoas, apoiar a educação, defender e promover os Direitos Humanos, zelando pela vida, pela justiça e pelo respeito a toda pessoa; viver e testemunhar o espírito cristão, difundindo o Reino de Deus e promovendo a fraternidade entre as pessoas.
E é dessa forma que neste ano, o Padre Mauro Luiz Argenton, sacerdote da Diocese de Frederico Westphalen, abraça também esta missão de, com o carisma missionário, ciente dos desafios que espera, tanto espirituais, material e climático, dar continuidade nestes trabalhos missionários. É tarefa deles, que através da sua entrega, conseguem chegar a diferentes realidades, e que consigo levam o chamado de evangelização que Jesus deixou aos discípulos: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho e todo criatura”. Deus seja louvado pelo ardor missionários daqueles que se entregam pela causa do seu Reino.