A alegria do catolicismo se reforça no mês de junho. As festas deste mês tornaram-se populares e ultrapassaram o âmbito religioso. Mesmo que tenham, em alguns lugares, até perdido um pouco da beleza religiosa sobrenatural, por ter alcance apenas folclórico, cultural, sua origem está ali. Deus quis nos dar a real alegria através destas comemorações, por meio da Igreja. Nós não vamos ficar fora deste querer de Deus. Vamos conhecer mais a vida dos santos e o sentido destas festas e amá-las ainda mais, com o realismo do seu significado. O reforço do aspecto especificamente espiritual, católico, nunca deixou de ser importante, para que a alegria seja verdadeira.

Para mostrar apenas as festas mais conhecidas deste mês, nós já o começamos com a solenidade da Ascensão do Senhor, onde contemplamos o senhor subindo aos céus e assentando à direita do Pai. O senhor, ficando ainda mais junto de nós, eleva consigo a nossa natureza.

No domingo seguinte, celebramos a solenidade de Pentecostes, a festa do nascimento da Igreja, no envio, pelo Senhor, do Espírito Santo prometido, que todos nós batizados e crismados recebemos.

Na segunda-feira depois de pentecostes, dia 09 de junho, temos a alegria de celebrar a Virgem Maria como a Mãe da Igreja, dada por Cristo como a nossa mãe.

No dia 13 de junho nós nos alegramos fortemente com Santo Antônio, padroeiro da Paróquia da Catedral e outras paróquias e comunidades. Quanta festa fazemos com este nosso mestre da Palavra da Deus.

Na metade do mês, no terceiro domingo, dia 15, alegrar-nos-emos com a solenidade da Santíssima Trindade. Vamos recordar do núcleo da nossa fé, o Deus trino que habita dentro de nós.

Na quinta-feira depois desta Solenidade, vamos celebrar a Solenidade de Corpus Christi, recordando a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia. É um forte momento de mostra pública da nossa fé nesta presença.

O dia 21 de junho celebra-se São Luiz Gonzaga, que tinha grande devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Ele é o padroeiro dos seminaristas. É um dia de especial meditação e oração no caminho que se faz para a vida sacerdotal dentro do seminário. Obviamente, sempre se pode ter no seminário um tradicional churrasquinho para sua comemoração.

E o mais tradicionalmente popular santo do mês de junho é São João. Que alegria há nas festas de São João: as comidas, as danças, o acender e o pular fogueira, as vestes, a música, os enfeites, as brincadeiras, etc. Em alguns lugares o pessoal mantém a tradição de moer Judas a pau. Tradicionalmente a festa de São João também era uma festa para encontrar alguém para casar. O namoro podia começar perto da fogueira acesa noite adentro. A verdade é que precisamos pedir sempre para que Deus reacenda o Seu amor em nossos corações.

Ainda temos a nobre solenidade do Sagrado Coração de Jesus, na sexta-feira, dia 27 de junho. É um dia especial para aumentar nossa devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que se entende como um amor ardente que temos por Jesus Cristo ao lembrarmo-nos de todas as maravilhas que ele fez, sobretudo no sacramento da Eucaristia, que é o milagre do seu amor. É um dia especial, como todas as primeiras sextas-feiras de cada mês, de fazer ato de consagração ao mesmo Sacratíssimo Coração e fazer atos de desagravos às ofensas cometidas contra este mesmo Coração.

No dia seguinte, no sábado, é o dia do Imaculado Coração de Maria. Recordamos que este seu coração é morada digna do Espírito Santo e que ele, no fim de tudo, triunfará, como ela mesma disse aos pastorinhos em Fátima.

Para terminar o mês, ainda teremos a solenidade de São Pedro e São Paulo, estas duas colunas da Igreja, pelos quais deu o Senhor à Igreja os fundamentos da fé. Dá para ver que até nas celebrações dos mártires encontramos a alegria do sentido da vida, da testemunhada fé no que virá, que mostra o grande amor de Deus por nós. Ele não nos abandona!

Falamos das mais conhecidas festividades deste mês. Tem outras ainda. Não é por nada que são tão conhecidas popularmente e esperadas entre nós as chamadas “festas juninas”. As escolas, as famílias e comunidades esperam por estes dias. Pelo fato de fazer frio, aqui entre nós, torna-se uma festa de maior proximidade e aconchego. E, quando são celebradas com verdadeiro espírito católico, iluminadas pela vida litúrgica, aí então é que elas têm verdadeira graça. Há não sei quê de mistério por detrás de cada santo. É que eles estão na plena alegria de Deus e nós queremos participar disso, conhecendo-os mais e festejando-os.

Como alguém pode pensar que a vida religiosa católica é triste? Inclusive quando tem os sacrifícios e mortificações, ali é onde ela caminha para a verdadeira alegria, começando aqui, até à bem-aventurança final. Imagine que povo alegre não era o da antiga cristandade. Era a idade da brilhante alegria. Toda hora tinha festa, também durante o restante do ano. Ainda agora, o próprio domingo, para nós católicos, é sempre um momento de alegria semanal.

Como é bom ser católico!