Não vai nenhuma crítica às lideranças da Igreja Católica, a cujos Pastores devemos obedecer, como manda São Paulo. Mas nesta atmosfera obscura e sem rumo que vive a população brasileira, pensamos, salvo melhor juízo, que as nossas Autoridades deveriam mostrar o norte às suas ovelhas. O Autor das 14 epístolas paulinas não tem receio de adjetivar os que se opõem à sã doutrina como charlatães, cães, sequazes de Satanás, e ordena que se evite o herege. Não como um pretenso  especialista, mas como simples cristão, ouso sugerir três assuntos:

1º Ideologia de gênero – Vamos concordar: tem-se a impressão que os nossos líderes se mantêm à margem do assunto. Não se ouve e nem se vê uma posição firme, esclarecedora sobre o assunto. Interessante que o SUS paga para uma mudança de sexo, e não tem dinheiro para outras cirurgias menos complexas, que devem aguardar meses ou anos para sua realização.  Também se omitem com relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Esquecem pronunciamentos do Papa Francisco que recomenda a leitura do livro ‘Senhor do Mundo’. “A ideologia de gênero é o pior inimigo do nosso tempo, pois é uma teoria terrível. Anular a diferença das pessoas é anular a humanidade”.

2º Aborto – Se Deus manda “Não matar” no 4º Mandamento, mas recomenda a defesa da própria vida e da própria pátria, como se admite matar um inocente, totalmente indefeso, no ventre da mãe? Segundo estatísticas estarrecedoras, no Brasil, mais de 800 mil mulheres praticam aborto todos os anos. E, no entanto, aprovamos legislações que defendem a pessoa contra ofensas, assédios, injúrias, difamações, cujas atitudes, embora condenáveis, não arrancam nem um dedo da pessoa. Todavia, passa imputável o crime de assassinar uma vida. O Catecismo nos ensina que o suicídio é condenável, simplesmente porque a vida não nos pertence. Pertence exclusivamente a Ele. E o povo se arvora o status de Deus, julgando-se no direito de poder dispor da existência de terceiros.

3º Maconha não é mais crime. Está para ser aprovado (quando escrevo, e quando o Leitor ler esta coluna, certamente será fato consumado) o uso pessoal da maconha. Apenas discute-se a quantia que o usuário poderá ter consigo, se 10 gramas, ou 20, ou 50, ou 100. Ora, vejam a contradição: Nossas autoridades elogiosamente perseguem o traficante e diariamente tem-se notícias de que apreenderam toneladas do produto. E agora vão proibir que seja vendida legalmente? Ou que a cultive para meu consumo pessoal? E se fosse ainda um alimento! Mas é um veneno que destrói os neurônios do cidadão, deixando-o dependente e praticamente inválido. Outros países já ingressaram nesta experiência e tiveram que voltar atrás. Em nossa idolatrada pátria, passará  a ser lei, com aprovação do Rei e dos súditos...

Penso que nossas Chefias clericais devem começar a denunciar os políticos que se opõem aos Mandamentos e normas da Igreja. Não seria esta uma das razões porque o Brasil, ano após ano, vem perdendo o topo no ranking  de país mais católico do mundo? Ninguém quer a Igreja cabresteada por siglas partidárias. Mas, como falou Ele: “Ou você está comigo, ou você está contra mim”!!!