As orações na intenção das pessoas que já faleceram são expressão da ligação e do amor que temos para com elas. Elas são sinais do nosso amor e da nossa solidariedade. Para o amor, a morte não é um limite. Na morte de um cristão, as possibilidades de se ajudar e de se doar não deixam de existir.
Encontramos essa prática já no Antigo Testamento. Um dos testemunhos mais claros está em 2Mc 12,38-45, onde encontramos, além da fé na ressurreição, a prática de oração e ajuda pelos mortos. Claro que precisamos compreender este auxílio e purificação após a morte dentro da prática da Igreja que chamamos de comunhão dos santos.
Fique claro que não nos comunicamos com os mortos, mas fazemos comunhão com eles por meio do amor e da oração. Nós amamos na terra, eles nos amam no céu, nós rezamos na terra, eles louvam nos céus. E não há dúvidas que assim como temos o auxílio dos santos, nós podemos, com nossas orações, ajudar os que já morreram.
Na oração pelos mortos, como fazemos na Santa Missa que celebramos, não existe barreira entre céu e terra, entre vivos e mortos. Na Santíssima Eucaristia, participamos do banquete eterno, que os nossos entes queridos celebram, agora, junto com Deus. Podemos experienciar a comunhão com eles, que celebram as bodas eternas no mesmo momento.
Tenhamos presente que rezamos pelos mortos. Os bem-aventurados (santos) não precisam das nossas orações, por isso rezamos com eles invocando a sua intercessão. E rezamos pelos mortos na certeza de que nossas preces podem ajudá-los no encontro definitivo com Deus.
Santo Agostinho diz que as obras de misericórdia são a melhor ajuda que podemos prestar aos mortos. Ou seja, o bem que ficou a meio caminho naqueles que morreram, continua a ser feito em comunhão com o bem praticado pelos que amam seus mortos. Nossa oração é uma expressão do nosso amor. Gostaríamos de poder mostrar que não os esquecemos, que eles nos são importantes.
Ainda neste dia, em todas as Igrejas, oratórios públicos ou semipúblicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: a obra que se prescreve é a piedosa visitação à Igreja, durante a qual se deve rezar a Oração Dominical e o Símbolo (Pai nosso e Creio) confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai Nosso e Ave Maria, ou qualquer outra oração conforme inspirar a piedade e devoção).
Neste sentido, do dia 1º ao dia 8 de novembro, aos fiéis que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, do dia 1º ao dia 8 de novembro, nas condições de costume. Reze hoje pelos que te precederam na vida eterna. Amanhã, outros também irão rezar por ti! Que os fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amém!