Esta frase está em um tapete no local onde o Pe. José Kentenich, fundador da Obra de Schoenstatt, deu seu último suspiro, após um infarto fulminante, no dia 15 de setembro de 1968. O local era então a sacristia da Igreja de Adoração, inaugurada no Monte Schoenstatt naquele ano, como uma oferta de gratidão por ele ter recebido grande proteção no tempo em que esteve preso no Campo de concentração de Dachau pelo regime nazista (1942-1945).
Do livro: “Pe. Kentenich, Pai e Educador carismático” transcrevo aqui a narrativa:
“Domingo, festa das sete dores de Maria. Os sinos da Igreja de Adoração, no Monte Schoenstatt, anunciam o “Anjo do Senhor”. São 6h da manhã. É um dia de festa para muitas Irmãs. Pe. Kentenich vai celebrar a Santa Missa para elas. (...)
Pontualmente, às 6h e 15min, iniciou o Santo Sacrifício. Era a primeira Santa Missa que ele celebrava nesta Igreja e a última que iria celebrar nos 58 anos do seu sacerdócio. Quem o poderia pressentir? Nada foi omitido: as orações, as leituras, o Evangelho e a genuflexão feita, como sempre, profundamente. Terminou a Santa Missa. Na Igreja ressoa um hino à Nossa Senhora: “Tu és a excelsa Rainha dos nossos corações. Aceita-nos como holocausto de amor a Deus”.
Chegando à sacristia, tirou os paramentos. Cumprimentou os sacerdotes que o acolitaram e convidou-os para o almoço. Benzeu alguns terços para serem distribuídos. Tirou os óculos e colocou as mãos sobre a mesa. Os presentes julgaram que ele estivesse fazendo a ação de graças após a Santa Missa. Porém, de repente ele se curva sobre a mesa, apoia-se com as duas mãos para não cair. Os sacerdotes procuram sustentá-lo, mas não conseguem, seu corpo se torna pesado e desliza lentamente para o chão. Mais uns três minutos e a respiração cessa. Administram-lhe a Unção dos Enfermos. E o médico, que acaba de chegar, apenas constata a morte.
Morreu o Pe.Kentenich, de maneira silenciosa, tão singela, assim como foi a sua vida. Despretensioso, até o último instante pensando nos outros. Ergueu a mão para abençoar; serviu a missão, que sempre foi para ele incumbência divina...Chegara para ele o momento da realização das palavras que, tantas vezes dissera: “O sentido da história e do mundo é o regresso dos eleitos por Cristo e Maria, no Espírito Santo, ao Pai”. (p.169-170)
Que a vida do Pe. José Kentenich, que se perpetua na eternidade, possa ser para muitas pessoas, exemplo e inspiração de entrega total a Deus, por Maria Santíssima, e ele possa continuar intercedendo por todos nós.