TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR E AS NOSSAS “TRANFIGURAÇÕES”
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 9, 2-10)

27/02/2024 às 13:26h

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo.

Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. Eles observaram essa ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.

 

Neste 2.º Domingo da Quaresma, proclamamos o Evangelho da Transfiguração do Senhor. Jesus, depois de afirmar “muitos dos que estão aqui não experimentarão a morte antes de ver o reino de Deus vindo com poder”, sobe hoje à montanha para realizar essa profecia em presença de três discípulos, os mais íntimos: Pedro, Tiago e João. No topo do Tabor, Jesus se transfigura diante deles, então aparecem Moisés e Elias conversando com o Senhor.

O evangelho de São Marcos, que é a versão proclamada neste Ano B, não diz qual era o assunto discutido por Elias e Moisés. No entanto, o de São Lucas diz claramente que eles falavam a respeito do “êxodo”, ou seja, da saída ou passagem de Jesus, que iria se realizar em Jerusalém.

Noutras palavras, Moisés e Elias falavam com Jesus a respeito de sua morte na Cruz. É exatamente por isso que a Igreja propõe para a nossa reflexão este Evangelho, aparentemente tão glorioso, já no início deste tempo da Quaresma, marcado pela Cruz de Cristo, pelo sofrimento e pela penitência.

Fonte: Diácono Arildo Crespan
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